Celorico de Basto
Localização
O Concelho de Celorico de Basto é uma vila portuguesa no distrito de Braga, região Norte e subregião do Tâmega e Sousa. Encontra-se situado no extremo do distrito de Braga e confronta com espaços terminais do Douro e Trás-os-Montes.
A norte faz fronteira com Cabeceiras de Basto, a este com Mondim de Basto (distrito de Vila Real), a sul com Amarante (distrito do Porto), a sudoeste com Felgueiras (distrito do Porto) e a oeste com Fafe.
Caraterísticas Geográficas
Apresenta uma área geográfica de 181,1 km2 e uma população que ronda os 20 mil habitantes, distribuídos por 15 freguesias.
Rodeado por cadeias montanhosas, das quais se destacam o Marão, o Alvão e a Cabreira, tem no pico do Viso o ponto mais elevado a 856 m de altitude. Com um relevo acidentado, apresenta vastas áreas planálticas, alternando com vales estreitos e alongados que descem até ao rio Tâmega.
Apresenta caraterísticas de zona montanhosa, com densas florestas e inúmeros vales que enquadram uma extensa rede de cursos de água.
Trata-se de um concelho marcadamente rural, cujos traços profundos no território e na paisagem se devem à atividade agrícola dominante no concelho.
História
Celorico de Basto é um concelho habitado desde muito antes da ocupação romana. As marcas deixadas pela civilização Castreja, um povoamento primitivo pré-romano, são testemunho dessa vivência tão remota. Este povoamento identifica-se com a milenária Celiobriga, uma importante cidade que terá sido habitada pelos povos Celerinos e Bastiandos. Da denominação destes habitantes terá resultado o patronímico Celorico de Basto.
Estes povos e outros ocuparam extensas áreas, desde as vertentes do Tâmega, até aos montes de Barroso e Cerva, que no seu todo vieram a ser conhecidas por “Terras de Basto”. A formação das “Terras de Basto” já está documentada desde o séc. XI.
Mas para além destes povos, existem outros que deixaram profundas marcas em Celorico, nomeadamente os romanos, cujos vestígios são uma realidade evidente.
O Castelo de Arnoia é um símbolo por excelência do concelho, cuja fundação é anterior à nacionalidade portuguesa. Segundo a tradição, foi junto a esta fortificação que se instalou a primeira sede do concelho, a denominada Villa de Basto. A história de Celorico de Basto está, portanto, intimamente ligada à história do seu Castelo, que se julga ter sido edificado em sítio de Castro Romano, ou citânia Visigótica.
Pretende-se atribuir a fundação aos Romanos, pois a estratégia de implantação Romana, baseava-se na seleção de locais que permitiam a construção de redes viárias, para que a circulação de pessoas e produtos fosse feita da melhor forma. Estas “civitas” eram constituídas por habitações dispersas, unidas por um centro administrativo e de defesa (oppidum). Foi seguramente nestes sítios defensivos (oppidum) que se construíram durante a Idade Média os Castelos.
Sabemos que esta região foi definitivamente integrada no Império Romano no tempo de Augusto. Certo é que no recinto do Castelo se encontraram moedas romanas do Imperador Constantino.
Mas Celorico de Basto também se encontra ligado à Ordem de S. Bento. O convento Beneditino e Igreja anexa, ficam também situados na freguesia de Arnóia. É de supor que terão sido construídos entre o séc. IX e o séc. X, cuja traça primitiva ainda é visível, com a presença de alguns pormenores romano-góticos como é o caso do claustro.
De entre todas as figuras que por lá passaram a que merece maior destaque é Múnio Moniz, antigo Senhor do Castelo e das Terras de Basto, e quem muitos consideram ter sido o seu fundador. Certo é que desta família descendeu Egas Moniz, que veio a ser aio de D. Afonso Henriques.
Só em 1520 foi dado foral a Celorico de Basto, pelo Rei D. Manuel I. Em abril de 1719, foi transferida para a freguesia de Britelo por provisão de D. João V e com a designação de “Vila Nova de Freixieiro”, hoje oficialmente Celorico de Basto.
O que posso visitar
Celorico de Basto é um concelho marcado não só pela beleza e paz das suas paisagens naturais, como também pela história milenar do concelho, materializada na existência do Castelo e Museu da Arnoia.
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